segunda-feira, 31 de outubro de 2011

DOAÇÃO DE VACA PARA O ABRIGO SANTO ANTONIO


Empresário doa vaca campeã da Feira de Quixeramobim

A IX FERBOI foi palco de grandes acontecimentos, quer seja no campo da realização de negócios, no torneio leiteiro, no reconhecimento da pujança da maior bacia leiteira do estado, na liberação de crédito para a atividade e na confraternização.

Por último no belo gesto filantrópico praticado pelo empresário Francisco de Araújo Carneiro, filho de Quixeramobim, que atua na cidade de Fortaleza e em outras do nordeste brasileiro, nos ramos da bovinocultura, avicultura, entre outros.

Dico Carneiro como é mais conhecido é o proprietário das empresas que levam a marca CIALNE e DUDIKO.

Com a finalidade de contribui para a entidade filantrópica que cuida e abrigam idosos da região, administrada pela Paróquia de Santo Antônio, Dico Carneiro fez a doção de uma vaca campeã na produção de leite, que acabara de participar do concurso leiteiro e atingiu uma produtividade de 40 litros de leite dia.


O animal entrou na pista do leilão e foi arrematada pelo empresário Renato de Araújo Carneiro, ex-prefeito de Quixadá, pela quantia de R$ 9.600,00 (Nove Mil e Seiscentos Reais), que serão revertidos à Casa do Ancião Santo Antônio.

Após o leilão da vaca da raça Girolanda, a administradora da Casa do Ancião, irmã Ernestina Puntel, pertencente à ordem das Irmãs da Misericórdia de Verona localizada na Itália, agradeceu a generosidade do empresário Dico Carneiro, pelo gesto da ação em contribuir com a instituição, que ora abriga 36 (trinta e seis) idosos, na maioria abandonados pela própria família e que são acolhidos pelas freiras.

“Estamos aqui, juntamente com o padre Adauto Farias, vigário cooperador para agradecer a todos, os que de forma direta ou indireta vem colaborando para com a missão do Abrigo Santo Antônio de Quixeramobim; que Deus os recompense e lhes dê em dobro essa ação generosa”, agradeceu Irmã Ernestina.

NOVO DIRETOR DAS FILHAS DA CARIDADE - FORTALEZA




MISSA DE ACOLHIDA DO NOVO DIRETOR
DAS FILHAS DA CARIDADE – PROVÍNCIA DE FORTALEZA


A Província de Fortaleza das Filhas de Caridade de São Vicente de Paulo celebrou em tom festivo neste domingo, dia 30, a Missa em Ação de Graças pelos nove anos de dedicação vicentina de Pe. Francisco José, CM – seu atual ex-Diretor Provincial – e acolheu com fraternura o seu mais novo Diretor Provincial, Pe. Manuel Bonfim, CM, escolhido pelo Superior Geral da Congregação da Missão, Pe. Gregory Gay.


Numa solenidade simples e festiva – como é próprio das Irmãs – a Santa Missa iniciou às 10h da Manhã no Salão da Casa Provincial das Filhas da Caridade, na Av. Desembargador Moreira.


A Santa Missa foi presidida pelo Pe. Evaldo Carvalho (Visitador Provincial dos Padres Lazaristas em Fortaleza-PFCM) e concelebrada pelos padres Manuel Bonfim, Francisco José, Adauto Farias (Vigário Paroquial da Paroq. Sto. Antonio em Quixeramobim-CE), Jânio José (Reitor do Seminário Propedêutico em Fortaleza-CE) e Junior Rebouças (Pároco da Paroq. Sagrado Coração de Jesus em Sertânia-PE).


Estavam presentes as Irmãs representando todas as Casas da Província, alguns Padres Lazaristas, membros da Família Vicentina e gente do povo de Deus, dos lugares aonde Pe. Bonfim já trabalhou e aonde Pe. Francisco ainda trabalha. Pe. Bonfim trabalhou, por último, antes de ser o Diretor das Irmãs, em Sertânia-PE, na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, coo Vigário Paroquial. Pe. Francisco José irá continuar trabalhando na Área Pastoral de São Francisco em Fortaleza e estudando Direiro na UNIFOR.


A Santa Missa contou com alguns momentos de muita emoção e significado. Logo, no início, Pe. Manuel Bonfim, o atual Diretor Provincial, recebeu uma chave e uma lamparina, a fim de que possa adentrar o coração das irmãs e, ao mesmo tempo, com a responsabilidade de não deixar que a lamparina se apague. Outro momento importante foi durante o Ofertório. Baseado na visita do Profeta Elias a viúva de Sarepta (1 Rs 17), em que as Irmãs trouxeram uma jarra de água, um recipiente com óleo e um pouco de farinha... depois o pão já pronto. Desse modo, agradeceram muito ao Pe. Francisco por ter sido se doado tanto tempo às Irmãs e ter conseguido, através de um pouquinho de farinha, fazer pão que desse para todas.

Nos momentos finais da Celebração, mais agradecimentos ao Pe. Francisco José, em especial um de Irmã Lêda Benevides (ver anexo lá embaixo) e as Boas Vindas ao Pe. Manuel Bonfim, que após a Celebração ficou no Salão para abraçar a cada irmã e ser acolhido como Novo Diretor Provincial das Filhas da Caridade, Província de Fortaleza.

Como é costume quando irmãos de encontram para festejar, após a Solene Missa, houve na Casa Provincial um rico almoço para todos os presentes.


Um pouco da História da Província de Fortaleza
das Filhas da Caridade:

- Fundada em 1957, tendo realizados eu Jubileu de 50 anos em 2007, conta agora com 54 anos.

- Sua área de atuação são os estados do Ceará, Maranhão e Piauí.

- Primeira Visitadora: Ir. Hélène  Anne Danney de Marcillac.

- Primeiro Diretor Provincial: Pe. Luís Gunssenhoven.

- Atual Conselho Provincial: Ir. Ana Amélia (Vistadora), Ir. Elisabeth, Ir. Eneide, Ir. Irislene e Ir. Josenira (Conselheiras).

- Atualmente conta com 213 Irmãs: Sendo 192 com votos, 10 jovens com votos, 09 jovens sem votos e 02 Irmãs do Seminário.

- Obras da Província (29): 14 Escolas, 06 Comunidades Inseridas, 04 Obras Sociais, 03 Hospitais, 01 Clínica e a Casa Provincial.



Clique aqui para ver todas as Fotos


















ANEXO


(Agradecimentos de Ir. Lêda Benevides)



CORAÇÕES AGRADECIDOS

AGRADECER ...  fala de coração bem formado, fala também de dependência  em nosso relacionamento com as pessoas, por isso temos sempre o que agradecer. Agradecemos, porque de Deus recebemos muitas graças e gestos de bondade e delicadeza dos nossos irmãos.

A gratidão tem um fundamento bíblico: O Evangelho de S. Lucas capítulo 17,17, nos orienta neste sentido, quando coloca a pergunta de Jesus, após a cura dos dez leprosos: “Não foram dez os curados? Onde estão os outros nove?”

Só um estrangeiro foi a Jesus agradecer a sua cura... E nós, será que,    de vez em quando, não corremos o risco de imitar este leproso, esquecendo a infinita misericórdia de Deus para conosco e os gestos de bondade das pessoas? Jesus, que nada buscava em termos humanos, censura os leprosos, como que nos dando mais um de seus valiosos ensinamentos.

Querido Pe. Francisco José: a Província de Fortaleza, na pessoa de cada uma das Filhas da Caridade, quer imitar o gesto do leproso reconhecido do Evangelho de S. Lucas.

Foram nove anos de muita dedicação, delicadeza, atenção e interesse por todas nós, tratando-nos sempre com o carinho de pai espiritual, acolhendo-nos, sempre , na nossa individualidade.

A sua orientação segura, tendo como fundamento a Palavra de Deus, concorreu, e muito, para o nosso crescimento espiritual. Apesar de ter assumido o serviço de Diretor Provincial, ainda bem jovem, tanto de idade, como de sacerdócio, as suas atitudes revelaram, sempre, coerência com os seus compromissos, muito amor e disponibilidade na sua doação de filho de São Vicente e irmão nosso.

As palavras, querido irmão Pe. Francisco José, nunca são capazes de expressar, perfeitamente, os sentimentos, o que vai no mais íntimo do nosso ser. Para suprir tal deficiência queremos lhe dizer, que auscultando cada coração das F.C. desta Província, você poderá perceber a imensa gratidão, que cada uma lhe dedica. Penso que, pelos laços criados entre nós, podemos lhe chamar de “O ETERNO DIRETOR”!

Rezaremos por todas as suas intenções, dos seus familiares e por sua missão tão identificada  com o Carisma de Filho de São Vicente de Paulo. Deus lhe pague muito... muito!

Irmã Lêda Benevides de Magalhães – F.C.


Fortaleza, 30 de outubro de 2011 

DIA A DIA COM A PALAVRA DE DEUS 31/10/11


Segunda 31/10/11

Leituras do Dia

1a. Leitura: Romanos (Rm) 11,29-36; Salmo Responsorial (Sl) 68; 
Evangelho: Lucas (Lc) 14,12-14.

Evangelho de hoje:

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 12dizia Jesus ao chefe dos fariseus que o tinha convidado: “Quando deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos nem teus irmãos nem teus parentes nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isto já seria a tua recompensa. 13Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. 14Então serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos”.

- Palavra da Salvação. 
- Glória a vós, Senhor.


Meditação Diária

O amor pelos mais necessitados

Jesus, no Evangelho de hoje, nos convida ao amor para com os mais humildes e mais sofridos. Eles são os preferidos de Deus.

O ensinamento de Jesus visa o amor justo e verdadeiro por Deus e por aqueles, filhos de Deus, que não podem retribuir o bem a eles realizado. Pois, fazer o bem a quem gostamos é muito fácil. Todos fazem. Mas ao cristão, é pedido mais, é pedido o esforço de amar aos não amados, aos que mais precisam desse amor. Eles nos abrirão as portas do céu.

Fazer o bem sem esperar recompensa é este o caminho do cristão, o caminho do amor verdadeiro. É este o caminho da felicidade. Para este bem realizado aos mais pobres, a recompensa virá na ressurreição dos justos.


Que Deus nos dê esta graça: de amar aos mais sofridos, os preferidos de Deus!  


Meta do Dia:

Amar e fazer o bem sem esperar nada em troca!


Pe. Adauto Farias, CM

domingo, 30 de outubro de 2011

SANTO DO DIA - 31 de outubro


Santo Afonso Rodrigues


Diante da "galeria" de santos da Companhia de Jesus, voltamos o nosso olhar, talvez, para o mais simples e humilde dos Irmãos: Santo Afonso Rodrigues. Natural de Segóvia na Espanha, veio à luz aos 25 de julho de 1532.

Pertencente a uma família cristã, teve que interromper seus estudos no primário, pois com a morte do pai, assumiu os compromissos com o comércio. Casou-se com Maria Soares que amou tanto quanto os dois filhos, infelizmente todos, com o tempo, faleceram. Ao entrar em crise espiritual, Afonso entrega-se à oração, à penitência e dirigido por um sacerdote, descobriu o seu chamado a ser Irmão religioso e assim, assumiu grandes dificuldades como a limitação dos estudos. Vencendo tudo em Deus, Afonso foi recebido na Companhia de Jesus como Irmão e depois do noviciado foi enviado para o colégio de formação.

No colégio, desempenhou os ofícios de porteiro e a todos prestava vários serviços, e dentre as virtudes heróicas que conquistou na graça e querendo ser firme na fé, foi a obediência sua prova de verdadeira humildade. Santo Afonso sabia ser simples Irmão pois aceitava com amor toda ordem e desejo dos superiores, como expressão da vontade de Deus. 

Tinha como regra: "Agradar somente a Deus, cumprir sempre e em toda parte a Vontade Divina". Este santo encantador, com sua espiritualidade ajudou a muitos, principalmente São Pedro Claver quanto ao futuro apostolado na Colômbia. Místico de muitos carismas, Santo Afonso Rodrigues, sofreu muito antes de morrer em 31 de outubro de 1617. 

Santo Afonso Rodrigues, rogai por nós!

Portal Canção Nova.

ARTIGO DO PE.ZEZINHO - FAMÍLIAS SUBSTANTIVAS

Famílias substantivas

A falta de essencialização tem superficializado a vida a dois. E a superficialização enfraquece o substantivo, que passa a precisar cada dia de mais adjetivação para dizer a que veio. Palavra que precisa de muitos adjetivos para ser compreendida pode ser densa, mas nem sempre chega ao destino… É seta sem direção. A palavra “Deus”, por exemplo, é densa, não precisa de adjetivos; acabam redundantes. Mas há que se saber de que deus estamos falando. O deus demiurgo e pragmático que imaginamos ou o Deus com d maiúsculo, o único, que os povos buscam há séculos?

Na mesma esteira, a palavra “pessoa” anda perdendo sua força numa sociedade que mais achata e massifica do que desenvolve personalidades. A verdade é que a palavra “família” tem se tornado um substantivo cada dia mais carente de substância e de substrato. Não admira que ande adjetivada a esmo com acréscimos que nada lhe acrescentam.

***

Encurralada pelo governo que cobra quase 40% de impostos, pelos bancos que inventam taxas absurdas, pelos bandidos que seqüestram invadem, assaltam roubam e matam e, por cuja causa a família precisa levantar muros altos, implantar cacos de vidro, cercas elétricas, alarmes e arame farpado, portões eletrônicos e guardas em guaritas…

perplexa com a invasão da Internet e da mídia em geral que nada mais respeita; de igrejas novas em busca de adeptos e conversões, com medo da violência internacional e nacional, inseguras quanto aos seus doentes e velhinhos num sistema sucateado de saúde; insatisfeita com a escola mal assistida e professores mal pagos; amedrontada com o crescente poder dos traficantes e o avanço das drogas que leva seus filhos ainda adolescentes para o crime…

assustada com os costumes ousados da juventude e da adolescência e, apesar da informação, da camisinha e da pílula, com o aumento do número de mães adolescentes…

inquieta com o aumento assustador de divórcios no país e com o aumento da taxa de abortos e crimes contra a pessoa e contra o patrimônio…
assustada com a perda de privacidade e a ousadia e nas canções, nas bancas e com o nu e do erótico nas ruas e na televisão, a família pede socorrro.

Quem poderá socorrê-la senão ela mesma, os educadores e os grupos de família que se unem para enchê-la de conceitos e motivações? Quem poderá ajudá-la a situar-se enfrentar uma sociedade que não a respeita e que vê seus membros como clientes, consumidores e número?

No caso dos católicos e evangélicos, suas igrejas têm uma catequese familiar que oferece respostas. Mas, para isso, os crentes destas igrejas precisam conhecer a realidade das famílias com quem vivem e convivem. E, para conhecê-la, além de orar, precisam ver, ler e estudar. A família, hoje, depende da catequese para saber o que fazer num mundo que lhe tira a autoridade, a unidade e a liberdade. Saiba e lute por estes valores! Torne-se um defensor de pais e filhos! Repercuta!




SANTO DO DIA - 30 de outubro


São Frumêncio

A história do santo de hoje se entrelaça com a conversão de uma multidão de africanos ao amor de Cristo e à Salvação. São Frumêncio nasceu em Liro da Fenícia. Quando menino, juntamente com o irmão Edésio, acompanhava um filósofo de nome Merópio, numa viagem em direção às Índias. A embarcação, cruzando o Mar Vermelho, foi assaltada e só foram poupados da morte os dois jovens, Frumêncio e Edésio, que foram levados escravos para Aksum (Etiópia) a serviço da Corte. 

Deste mal humano, Deus tirou um bem, pois ao terem ganhado o coração do rei Ezana com a inteligência e espírito de serviço, fizeram de tudo para ganhar o coração da África para o Senhor. Os irmãos de ótima educação cristã, começaram a proteger os mercadores cristãos de passagem pela região e, com a permissão de construírem uma igrejinha, começaram a evangelizar o povo. Passados quase vinte anos, puderam voltar à pátria e visitar os parentes: Edésio foi para Liro e Frumêncio caminhou para partilhar com o Patriarca de Alexandria, Santo Atanásio, as maravilhas do Ressuscitado na Etiópia e também sobre a necessidade de sacerdotes e um Bispo. Santo Atanásio admirado com os relatos, sabiamente revestiu Frumêncio com o Poder Sacerdotal e nomeou-o Bispo sobre toda a Etiópia, isto em 350.

Quando voltou, Frumêncio foi acolhido com alegria como o "Padre portador da Paz". Continuou a pregação do Evangelho no Poder do Espírito, ao ponto de converterem o rei Ezana, a rainha, e um grande número de indígenas, isto pelo sim dos jovens irmãos e pela perseverança de Frumêncio. Quase toda a Etiópia passou a dobrar os joelhos diante do nome que está acima de todo o nome: Jesus Cristo. 

São Frumêncio, rogai por nós!

Portal Canção Nova.

sábado, 29 de outubro de 2011

DIA A DIA COM A PALAVRA DE DEUS 30/10/11


Domingo 30/10/11

31º. Domingo do Tempo Comum

Leituras do Dia

1ª. Leitura: Malaquias (Ml) 1,14b-2,2.8-10;
Salmo Responsorial: 130;
2ª. Leitura: 1 Tessalonicenses (Ts) 2, 7b-9.13;
Evangelho: Mateus (Mt) 23,1-12.


1ª. Leitura: Malaquias (Ml) 1,14b-2,2.8-10

Leitura da Profecia de Malaquias:

14bEu sou o grande rei, diz o Senhor dos exércitos, e o meu nome é terrível entre as nações.2,1E agora este mandamento para vós, ó sacerdotes. 2Se não quiserdes ouvir e tomar a peito glorificar o meu nome, diz o Senhor dos exércitos, lançarei sobre vós a maldição. 8Vós, porém, vos afastastes do reto caminho e fostes para muitos, na observância, pedra de tropeço; quebrastes o pacto de Levi, diz o Senhor dos exércitos; 9e eu também vos fiz desprezíveis e vos rebaixei aos olhos de todos os povos, na medida em que não guardastes meus caminhos e praticastes discriminação de pessoas no serviço da lei. 10Acaso não é um só o pai de todos nós? Acaso não fomos criados por um único Deus? Então, por que cada um de nós é desonesto com seu irmão, violando o pacto de nossos pais?

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo Responsorial 130


— Guardai-me, ó Senhor, / convosco, em vossa paz!

— Senhor, / meu coração não é orgulhoso, / nem se eleva arrogante o meu olhar; / não ando à procura de grandezas, / nem tenho pretensões ambiciosas!
— Fiz calar e sossegar a minha alma; / ela está em grande paz dentro de mim, / como a criança bem tranquila, / amamentada / no regaço acolhedor de sua mãe.
— Confia no Senhor, / ó Israel, / desde agora e por toda a eternidade!


2ª. Leitura: 1 Tessalonicenses (1 Ts) 2,7b-9.13

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses:

Irmãos: 7bFoi com muita ternura que nos apresentamos a vós, como uma mãe que acalenta os seus filhinhos. 8Tanto bem vos queríamos, que desejávamos dar-vos não somente o evangelho de Deus, mas até a própria vida, a tal ponto chegou a nossa afeição por vós.9Irmãos, certamente ainda vos lembrais dos nossos trabalhos e fadigas. Trabalhos dia e noite, para não sermos pesados a nenhum de vós. Foi assim que anunciamos o evangelho de Deus.13Por isso, agradecemos a Deus sem cessar por vós terdes acolhido a pregação da palavra de Deus, não como palavra humana, mas como aquilo que de fato é: Palavra de Deus, que está produzindo efeito em vós que abraçastes a fé.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Evangelho de hoje:



Evangelho: 
Mateus (Mt) 23,1-12


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!


Naquele tempo, 1Jesus falou às multidões e a seus discípulos: 2“Os mestres da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés. 3Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. 4Amarram pesados fardos e os colocam nos ombros dos outros, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los nem sequer com um dedo. 5Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros. Eles usam faixas largas, com trechos da Escritura, na testa e nos braços, e põem na roupa longas franjas. 6Gostam de lugar de honra nos banquetes e dos primeiros lugares nas sinagogas. 7Gostam de ser cumprimentados nas praças públicas e de ser chamados de Mestre. 8Quanto a vós, nunca vos deixeis chamar de Mestre, pois um só é o vosso Mestre, e todos vós sois irmãos. 9Na terra, não chameis a ninguém de pai, pois um só é o vosso Pai, aquele que está nos céus. 10Não deixeis que vos chamem de guias, pois um só é o vosso Guia, Cristo. 11Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. 12Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.




Meditação Diária


Homilia do D. Henrique Soares da Costa
XXXI Domingo do Tempo Comum – Ano A


Hoje a Palavra de Deus dirige-se, de modo particular, aos pastores da Igreja, aos sacerdotes do Povo de Deus. O antigo Israel, aquele segundo a carne, era todo ele um povo sacerdotal, mas em seu seio existiam os ministros sagrados, que eram encarregados do culto do povo santo. No Novo Testamento, o único e verdadeiro sacerdote é o Cristo nosso Deus. Ele, dando-nos o seu Espírito Santo no Batismo e demais sacramentos, fez de nós um povo sacerdotal. Em Cristo, a Igreja, novo Israel, é, toda ela, um povo sacerdotal para o louvor e glória de Deus Pai, através de Cristo, na unidade do único Espírito. Mas, também do meio desse povo o Senhor Jesus chama pastores que, configurados a Ele, o Bom Pastor e Sacerdote eterno, por meio da imposição das mãos que confere o dom do Espírito, exerçam a função sacerdotal de Cristo em favor do povo sacerdotal, que é a Igreja una, santa, católica e apostólica.

Pois bem, as palavras das leituras sagradas deste Domingo são dirigidas a nós, pastores e sacerdotes do rebanho sacerdotal de Cristo. Nós, bispos, padres e diáconos, encarregados pelo Senhor da guarda, santificação e ensino do povo de Deus…

Ser padre, ser pastor do rebanho é uma graça imensa, um dom do qual não temos merecimento algum. E, no entanto, o Senhor nos chama. Mas, não para que preguemos a nós mesmos e vivamos pensando em nós e nos nossos interesses. Santo Agostinho, no século V, já criticava duramente os maus pastores, acusando-os:“Buscais os vossos interesses e não os de Jesus Cristo!” A queixa é velha, o pecado é antigo! Na primeira leitura de hoje, o Senhor tem palavras duríssimas para os sacerdotes de ontem e de hoje: “Se não quiserdes ouvir e tomar a peito glorificar o meu nome, lançarei sobre vós a maldição. Vós vos afastastes do reto caminho e fostes para muitos pedra de tropeço!” Caríssimos, como não reconhecer que essas palavras são atuais? É triste afirmá-lo, mas temos de fazê-lo! Ninguém está acima da Palavra de Deus, ninguém pode pregar para os outros sentindo-se dispensado de cumprir o preceito do Senhor… Esta é, muitas vezes, a tentação do pregador, do padre; este o seu pecado! Mas, se fizermos assim, teremos de nos envergonhar tanto, escutando o que o Senhor diz ao rebanho: “Deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam!” Que dor, que vergonha para nós, sacerdotes, pastores do povo santo, escutar tão graves acusações! Na Sexta-feira Santa passada, o Santo Padre Bento XVI, quando ainda era Cardeal Ratzinger, fez uma exortação seríssima e comovente dessa situação, durante a Via-Sacra no Coliseu, em Roma. Escutemo-lo! Era a estação da terceira queda de Jesus: “Não deveríamos pensar também em tudo quanto Cristo tem sofrido na sua própria Igreja? Quantas vezes se abusa do Santíssimo Sacramento da sua presença; frequentemente como está vazio e ruim o coração onde ele entra! Tantas vezes celebramos apenas nós próprios, sem nos darmos conta sequer dele! Quantas vezes se distorce e abusa da sua Palavra! Quão pouca fé existe em tantas teorias, quantas palavras vazias! Quanta sujeira há na Igreja, e precisamente entre aqueles que, no sacerdócio, deveriam pertencer completamente a Ele! Quanta soberba, quanta auto-suficiência! Respeitamos tão pouco o sacramento da reconciliação, onde Ele está à nossa espera para nos levantar das nossas quedas! Tudo isto está presente na sua paixão. A traição dos discípulos, a recepção indigna do seu Corpo e do seu Sangue é certamente o maior sofrimento do Redentor, o que Lhe traspassa o coração. Nada mais podemos fazer que dirigir-Lhe, do mais fundo da alma, este grito: Kyrie, eleison – Senhor, salvai-nos (cf. Mt 8, 25)”.

Mas, graças a Deus, há os bons pastores; há, na Igreja, tantos que são verdadeiramente presença do Cristo Bom Pastor, que se dá totalmente pelo rebanho; aqueles que celebram os santos mistérios com tanta devoção e decoro, aqueles que são fiéis no ensinamento, não ensinando suas próprias idéias e seus conceitozinhos de sua moralzinha particular, mas ensinam ao rebanho o Evangelho verdadeiro tal qual é crido e ensinado pela Santa Igreja católica! Sacerdotes que se dão totalmente: no tempo, no afeto, na oração, na paciência, na perseverança, na fidelidade ao celibato… por amor a Cristo e à Igreja, povo santo de Deus! A segunda leitura de hoje nos apresenta um sacerdote assim: o Apóstolo São Paulo. Como é comovente ouvi-lo: “Foi com muita ternura que nos apresentamos a vós, como uma mãe que acalenta os seus filhinhos. Tanto bem vos queríamos, que desejávamos dar-vos não somente o Evangelho de Deus, mas até a própria vida, a tal ponto chegou a nossa afeição por vós!”

Caríssimos, ser padre é bom, ser padre é uma missão santa, ser padre dignifica e realiza a vida de um homem! Rezai pelos vossos sacerdotes, para que sejam dignos do ministério que receberam! Que eles não se coloquem acima da Palavra do Senhor, pregando aos outros sem cumpri-la; que não celebrem os santos sacramentos com desleixo e desobediência às normas litúrgicas da Igreja. Ninguém, nem o Bispo, o padre, nem a comunidade pode desobedecer as normas litúrgicas; ninguém pode inventar sua missinha, distorcer os santos mistérios, que vêm de Cristo e dos Apóstolos e nos dão a vida de Deus! Suplicai ao Senhor para que vossos padres sejam atentos às necessidades do rebanho, ao cuidado com os pobres e desvalidos, sejam zelosos no anúncio do Evangelho a toda a humanidade!

Quanto ao mais, cuidai também vós, como diz a segunda leitura, de acolher “a pregação da Palavra de Deus, não como palavra humana, mas como aquilo que de fato é: Palavra de Deus, que está produzindo fruto em vós que abraçastes a fé”. E que o Senhor nos conduza a todos, pastores e rebanho, à sua glória. Amém.

D. Henrique Soares

Fonte: http://www.presbiteros.com.br/

FORMAÇÃO - SACRAMENTO DO BATISMO

CATEQUESE SOBRE O SACRAMENTO DO BATISMO

Antes de mais nada é importante observar que ninguém pode compreender o Batismo sem levar em conta o que aconteceu com Jesus na madrugada daquele Domingo da Páscoa. Foi ali que tudo começou: o cristianismo, a fé apostólica e a nossa fé, a salvação e a Igreja! Tudo tem seu início na Páscoa!

Na madrugada do primeiro dia após o sábado dos judeus, o Pai derramou o Espírito Santo, Espírito de ressurreição sobre o Filho Jesus: seu corpo e sua alma foram ressuscitados. Ele ficou pleno do Espírito Santo, de modo que toda a sua natureza humana encontra-se gloriosa: “Ele foi manifestado na carne (na nossa natureza humana) e justificado (ressuscitado) pelo Espírito” (1Tm 3,16). “A este Jesus, Deus o ressuscitou... exaltado pela Direita de Deus, ele recebeu do Pai o Espírito Santo prometido e o derramou” (At 2,32s). Isto mesmo: Jesus, totalmente glorificado pelo Espírito, ainda na tarde daquele mesmo Domingo da Ressurreição, entrou no Cenáculo de Jerusalém e derramou o seu Espírito – Espírito de ressurreição – sobre seus Apóstolos, alicerces de sua Igreja: “A paz esteja convosco! Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; aqueles aos quais retiverdes, ser-lhes-ão retidos!” (Jo 20,19ss). É preciso compreender bem este texto importantíssimo! Jesus aqui, batiza seus Apóstolos no Espírito Santo! Lembram-se que João Batista já o havia prometido? “Aquele que me enviou a batizar com água disse-me: “Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer é o que batiza no Espírito Santo”. E eu vi e dou testemunho que ele é o Eleito de Deus” (Jo 1,33s).“Eu vos batizo com água, mas vem aquele que vos batizará com o Espírito Santo e com o fogo” (Lc 3,16). Pois bem, o batismo de João Batista era com água, preparando a vinda do Messias. Esta batismo de João ainda não é o sacramento do Batismo, ainda não é o sacramento cristão! Lembrem-se que “messias” significa “ungido”, isto é, ungido com o Espírito Santo: “O Espírito do Senhor repousa sobre mim, porque o Senhor me ungiu” (Lc 4,18). É o Messias, ungido pelo Espírito na Ressurreição, quem batizará no Espírito! Os cristãos não têm e nunca tiveram “batismo nas águas” – como algumas seitas gostam de dizer: nosso batismo é no Espírito! Falar em “batismo nas águas” é voltar ao Antigo Testamento, é parar em João Batista! Veremos isso bem direitinho mais adiante.

Então, Jesus, na tarde da Ressurreição, batizou sua Igreja no Espírito: Espírito de ressurreição, Espírito no qual Deus criou tudo, Espírito que é dado para a remissão dos pecados! Foi naquele Domingo de Páscoa que os apóstolos tornaram-se cristãos – isto é, receberam a Vida nova do Cristo ressuscitado, foram transfigurados em Cristo. Por isso podemos dizer que aqui nasceu a Igreja: na ressurreição! Aqui ela foi batizada e recebeu o poder de batizar: “Como o Pai me enviou assim também eu vos envio!” (Jo 20,21). Isto quer dizer que, a partir da Ressurreição do Senhor, a Igreja deve batizar (= mergulhar, em grego) todo aquele que crê, toda a humanidade que acolher Jesus ressuscitado, nas águas do Batismo! Mas, o que significam estas águas? Significam o Espírito Santo, aquele Espírito prometido, aquele Espírito que ressuscitou o Senhor Jesus! É isto que o Evangelho de João quer dizer ao afirmar: “Em verdade, em verdade, te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus” (Jo 3,5). Observem: nascer da água, que é símbolo, sinal, do Espírito! Isto é confirmado pelo mesmo Evangelho, mais adiante: “No último dia da festa, o mais solene, Jesus, de pé, disse em alta voz: ‘Se alguém tem sede, venha a mim e beba, aquele que crê em mim!’ – conforme a palavra da Escritura: ‘Do seu seio jorrarão rios de água viva’. Ele falava do Espírito que deviam receber aqueles que tinham crido nele; pois não havia ainda Espírito, porque Jesus ainda não fora glorificado” (Jo 7,37ss). Compreendamos bem: de Jesus ressuscitado (glorificado) jorrará para quem crer, um rio de água viva: o Espírito Santo! Portanto, a água na qual os cristãos batizam não é mais um elemento natural que simplesmente purifica o corpo, mas é símbolo do Santo Espírito que Jesus ressuscitado nos dá por sua Ressurreição. Nosso Batismo (= mergulho) – que fique bem claro mais uma vez! - não é “nas águas”, mas no Espírito!

Resumamos o que vimos até aqui: no Dia da Ressurreição, o Cristo glorificado deu seu Espírito aos Apóstolos (isto é, à sua Igreja); a partir de agora, ela poderá batizar no Espírito de Jesus. Esta experiência dos Apóstolos no Cenáculo, nós a fazemos no nosso Batismo: nesta ocasião recebemos o Santo Espírito, fomos nele mergulhados e recebemos a Vida nova, a Vida ressuscitada do Cristo glorioso! Como os Apóstolos naquele momento, também nós nos tornamos cristãos!

No próximo artigo continuaremos. Ainda temos um longo caminho até compreendermos bem este sacramento tão fundamental para a nossa fé e a nossa vida cristã! Até lá.


Dom Henrique Soares da Costa
Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Aracaju-SE


Fonte:  www.domhenrique.com.br 

DIA A DIA COM A PALAVRA DE DEUS 29/10/11


Sábado 29/10/11

Leituras do Dia

1a. Leitura: Romanos (Rm) 11,1-2a.11-12.25-29;
Salmo Responsorial (Sl) 93;
Evangelho: Lucas (Lc) 14,1.7-11.

Evangelho de hoje:

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

1Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. 7Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola: 8“Quando fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, 9e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: ‘Dá o lugar a ele’. Então ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar. 10Mas, quando fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: ‘Amigo, vem mais para cima’. E isto vai ser uma honra para ti diante de todos os convidados. 11Porque quem se eleva será humilhado e quem se humilha será elevado”.

- Palavra da Salvação. 
- Glória a vós, Senhor.


Meditação Diária

"Quem se eleva será humilhado 
e quem se humilha será elevado”.

Ser humilde é reconhecer-se como se é, nem mais nem menos do que ninguém. O humilde reconhece o seu lugar e nunca será humilhado por estar aonde não deveria.

Jesus, na parábola do Evangelho de hoje, nos chama a atenção para que não tenhamos um olhar sobre nós superior aos outros, ou seja, que não nos consideremos melhor do que ninguém. Ou poderemos não gostar, se chegar alguém mais importante do que nós.

O caminho da humildade ensinado por Jesus em suas palavras e obras é o melhor caminho. É melhor ser elevado, estando num posto ou lugar mais baixo, do que ser humilhado, tendo que ceder o posto ou lugar que se está para alguém de maior importância.


Quem é capaz de se ver com humildade é capaz de colocar-se diante de Deus para rezar e assim, fortalecido por sua graça, ser melhor para Deus e para o mundo necessitado de Deus.

Aprendamos de Jesus, e dos grandes santos fieis ao Evangelho, a humildade que nos favorecerá nesta vida e nos abrirá a porta do céu na vida eterna.

Meta do Dia:

Não ter um julgamento muito alto de nós mesmos.   

Pe. Adauto Farias, CM

ARTIGO SOBRE A ORAÇÃO


O homem: esse louco que não reza

A oração. O homem não é plenamente consciente da potência desse instrumento que está no alcance de suas mãos; e dizemos com segurança que não o conhece, pois do contrário usaria com mais frequência.

"Através da oração, falamos com Deus e Deus fala conosco, aspiramos a ele e respiramos nele, e ele nos inspira e respira em nós", disse São Francisco de Sales, em seu Tratado de Amor a Deus. A oração é, portanto, um viver em Deus. Daí que se entende quando se fala que a oração, feita nas devidas condições, move o coração de Deus. E quem tem a capacidade de mover a Deus pode se unir à capacidade onipotente Dele.

Portanto, dizemos que o problema dos cristãos não é que não têm conhecimento - implícito ou explícito - do altíssimo poder da oração. Mas muitas vezes a agitação do cotidiano, o que chamaríamos de "naturalismo vivencial" causado pela impregnação dos critérios do mundo, - nos afasta da utilização necessária para se falar com Deus, nos faz esquecer a sua importância vital.

As preocupações do cotidiano, do trabalho, da atenção com a família, as exigências da vida social, parecem servir-nos de desculpas para tirar do nosso tempo esses minutos necessários para nos reunirmos com o Criador.

Mas cremos que o problema de fundo é que o naturalismo do mundo vai penetrando de forma imperceptível em nossas almas e nos vai fazendo esquecer que necessitamos recorrer constantemente a Deus, e confiar menos em nossas forças meramente humanas. Aberta ou veladamente, o mundo nos "grita" que as coisas ocorrem simplesmente por causa daquelas forças naturais que podemos perceber com nossos sentidos. E isso é mentira. Muito acima do que um simples homem é capaz de fazer, está a ação de Deus e seus santos, por meio de sua graça e a atividade dos anjos bons e maus. 

Estes são os elementos que primordialmente dirigem a história, também a nossa história pessoal, e a todos eles se aceita ou se rejeita por meio da oração.

De quantas calamidades não nos teremos vistos livres porque nosso anjo da guarda nos protegeu, ou porque a rogos da Virgem Maria, Cristo interveio em um momento decisivo? Quantos são os benefícios que recebemos, não porque os tenhamos obtido com nosso esforço ou merecido de alguma maneira, mas que nos foi dado gratuitamente pelas mãos divinas, porque alguém rezou por nós? Muitos, certamente. Saberemos no dia de nosso juízo.

Entretanto,se é certo que Deus pode nos auxiliar sem que o peçamos, Ele normalmente exige esta imprecação que, além do mais, nos une a Ele. E existe algo que definitivamente não se consegue se não for com o recurso da oração: a prática da virtude, requisito necessário para alcançar a vida eterna.

Não podemos viver como devemos viver sem a graça obtida pela oração. Não podemos, é necessário repetir. "Nossas meras forças naturais são insuficientes". Isso é algo que tem que ser gravado com letras de bronze fundido no espírito. Ainda que nosso orgulho e autossuficiência busquem cobrir esta verdade, ela sempre será confirmada pelo fracasso de uma vida que não recorreu à oração.Então, para contradizer essa voz tênue ou forte --externa e interna-- que repete sem cessar que não necessitamos da oração, devemos encontrar e lembrar constantemente as razões para orar, para rezar, seja participando da oração litúrgica ou realizando a oração privada. 

E para isso reproduziremos dois textos escolhidos de santos, do elenco que apresenta o ilustre dominicano Frei Antônio Royo Marin em sua importante obra "Teologia da Perfeição Cristã":

- São Boaventura: Se queres sofrer com paciência as adversidades e misérias desta vida, seja homem de oração. Se queres alcançar virtude e fortaleza para vencer as tentações do inimigo, seja homem de oração. (...) Se queres viver alegremente e caminhar com suavidade pelo caminho da penitencia e do trabalho, seja homem de oração. (...) Se queres fortalecer e confirmar teu coração no caminho de Deus, seja homem de oração. Finalmente, se queres desarraigar de alma todos os vícios e plantar em seu lugar as virtudes, seja homem de oração: porque nela se recebe a união e a graça do Espírito Santo, a qual ensina todas as coisas. E além disso, se queres subir até a altura da contemplação e gozar dos doces abraços do esposo , exercite na oração, porque este é o caminho por onde a alma sobe até a contemplação até o gosto das coisas celestiais.

- São Pedro de Alcântara: Na oração a alma se limpa dos pecados, apascenta-se a caridade, certifica-se a fé, fortalece-se a esperança, alegra-se o espírito, derrete-se as entranhas pacifica-se o coração, descobre-se a verdade, vence-se a tentação, foge a tristeza, renovam-se os sentidos, repara-se a virtude enfraquecida, despede-se a tibieza, consome-se a origem dos vícios, e nela saltam centelhas vivas de desejos do céu, entre as quais arde a chama do divino amor. Grandes são as excelências da oração, grandes são seus grandes privilégios. Para ela estão abertos os céus, para ela se descobrem os segredos, e a para ela estão sempre atentos os ouvidos de Deus.


Por Saúl Castiblanco